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Escoliose grave: sintomas, riscos e opções de tratamento

Escoliose grave: sintomas, riscos e opções de tratamento
Imagem: Shutterstock

Curvatura acentuada da coluna vertebral, geralmente superior a 40-50 graus, pode causar dores e comprometer funções respiratórias e cardíacas

A escoliose é uma condição caracterizada pela curvatura anormal da coluna vertebral para o lado, formando um “C” ou “S”, em vez de manter sua linha reta natural. Essa alteração pode ocorrer em diferentes regiões da coluna — torácica, lombar ou ambas — e costuma se desenvolver de forma gradual. Embora muitas vezes surja na infância ou adolescência, também pode afetar adultos por causa de fatores degenerativos ou doenças associadas.

Essa curvatura pode variar em intensidade, sendo classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com o grau de inclinação medido por exames de imagem. Enquanto os casos leves podem não causar sintomas significativos, a escoliose grave pode comprometer não apenas a postura e a mobilidade, mas também a função de órgãos internos, como pulmões e coração.

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O que é considerado escoliose grave?

A escoliose é considerada grave quando a curvatura da coluna ultrapassa 40 a 50 graus, conforme medido pelo ângulo de Cobb — um parâmetro utilizado em radiografias para avaliar a severidade da deformidade. Nessa fase, a curvatura passa a causar alterações visíveis na postura, como assimetrias acentuadas nos ombros, nas costelas ou no quadril, além de impactar diretamente na qualidade de vida do paciente.

Esse grau de escoliose pode provocar dores constantes, rigidez muscular e, em casos mais avançados, dificuldade respiratória ou cardiovascular, principalmente quando a curvatura afeta a caixa torácica e comprime os órgãos internos. A progressão costuma ser mais rápida em adolescentes que ainda estão em fase de crescimento, mas adultos também podem apresentar agravamento, especialmente por causas degenerativas.

Causas da escoliose grave

A escoliose grave pode ter diferentes origens, e sua causa está diretamente relacionada ao tipo e à evolução da curvatura ao longo do tempo. Em muitos casos, a condição se desenvolve de forma silenciosa e só atinge um grau severo quando não é diagnosticada ou tratada precocemente. Entre as causas mais comuns estão:

  • Fatores idiopáticos: são o tipo mais frequente, principalmente em adolescentes. A causa exata é desconhecida, mas pode ter influência genética.
  • Fatores congênitos: resultam de malformações na coluna ainda durante o desenvolvimento fetal, levando a curvas acentuadas desde a infância.
  • Fatores neuromusculares: estão associados a condições como paralisia cerebral, distrofia muscular ou lesões medulares. A falta de controle muscular contribui para o agravamento da curvatura.
  • Fatores degenerativos: afetam adultos, geralmente por desgaste natural de articulações e discos intervertebrais, podendo levar a uma curvatura acentuada com o tempo.

Além disso, traumas, infecções ou tumores também podem ser fatores desencadeantes em casos mais raros. Identificar corretamente a causa da escoliose é essencial para definir o tratamento mais adequado e evitar a progressão da condição.

Sintomas da escoliose grave

Os sintomas da escoliose grave vão muito além das alterações posturais visíveis e podem impactar de forma significativa a qualidade de vida do paciente. À medida que a curvatura da coluna se acentua, a condição pode provocar dores intensas, desconfortos musculares e até complicações respiratórias e cardiovasculares, especialmente quando afeta a região torácica.

Entre os principais sinais e sintomas da escoliose, destacam-se:

  • Assimetria acentuada nos ombros, quadris ou na linha da cintura;
  • Costelas mais salientes de um lado do corpo (giba costal);
  • Dor crônica nas costas, geralmente localizada e persistente;
  • Dificuldade para respirar, causada pela compressão da caixa torácica;
  • Redução da mobilidade e sensação de rigidez na coluna;
  • Fadiga ao caminhar ou permanecer em pé por longos períodos;
  • Alterações na marcha e no equilíbrio;
  • Em casos mais graves, compressão de nervos, com formigamento ou fraqueza nos membros.

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Diagnóstico da escoliose grave

O diagnóstico da escoliose grave é realizado por meio de uma avaliação clínica detalhada e exames de imagem que permitem identificar o grau de curvatura da coluna e suas possíveis causas. O primeiro passo geralmente é o exame físico, no qual o médico observa a postura do paciente, buscando assimetrias nos ombros, nas escápulas, no quadril e sinais como a giba costal — especialmente perceptível quando o paciente se inclina para a frente.

Para confirmar o diagnóstico e medir com precisão o grau da curvatura, são solicitadas radiografias da coluna em diferentes posições. A partir dessas imagens, calcula-se o ângulo de Cobb, utilizado para classificar a intensidade da escoliose. Quando esse valor ultrapassa os 40 a 50 graus, considera-se que o paciente apresenta uma escoliose grave.

Em alguns casos, exames adicionais como ressonância magnética ou tomografia podem ser indicados para investigar alterações estruturais, compressões nervosas ou a origem da curvatura — especialmente se houver suspeita de causas congênitas, neuromusculares ou degenerativas.

O diagnóstico precoce e preciso é essencial para definir o tratamento adequado e evitar que a condição evolua ainda mais, comprometendo a função da coluna e a qualidade de vida do paciente.

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Tratamento da escoliose grave

O tratamento da escoliose grave requer uma abordagem baseada na causa, idade do paciente, grau da curvatura e sintomas apresentados. Quando a curvatura ultrapassa os 40 ou 50 graus, é comum que o tratamento conservador (como fisioterapia ou uso de coletes) não seja mais suficiente, sendo necessária a avaliação para a intervenção cirúrgica. O objetivo principal é impedir a progressão da curvatura, aliviar sintomas como dor e dificuldade respiratória e, quando possível, restaurar o alinhamento da coluna.

A cirurgia corretiva — geralmente a artrodese da coluna com instrumentação — é indicada nos casos mais severos. Nessa técnica, hastes metálicas, parafusos e enxertos ósseos são utilizados para alinhar e estabilizar a coluna. Apesar de ser um procedimento complexo, os avanços médicos têm tornado a recuperação mais segura e eficaz. Após a cirurgia, o paciente pode precisar de fisioterapia para recuperar a mobilidade, força e postura.

Em casos específicos, especialmente quando há contraindicação cirúrgica, podem ser indicadas alternativas como reabilitação intensiva, analgesia, acompanhamento postural e medidas para melhorar a qualidade de vida. Consulte-se com o cirurgião ortopedista especializado em coluna: Dr. Flávio Zelada! O acompanhamento é essencial para monitorar a evolução da condição e definir o momento certo de intervenção cirúrgica.

Consequências de não tratar a escoliose grave

Quando a escoliose grave não é tratada adequadamente, a curvatura da coluna tende a piorar com o tempo, trazendo impactos sérios para a saúde física e até emocional do paciente. Um dos principais riscos é o comprometimento progressivo da função pulmonar e cardíaca, especialmente nos casos em que a curvatura afeta a região torácica e comprime os órgãos internos. Isso pode resultar em falta de ar, cansaço extremo e limitação para atividades simples do dia a dia.

Além disso, a deformidade pode provocar dores crônicas e debilitantes, desequilíbrios posturais severos, redução da mobilidade e até compressão de nervos, levando a sintomas neurológicos como formigamento, dormência ou fraqueza muscular. No longo prazo, a escoliose grave não tratada pode afetar a autoestima, o bem-estar psicológico e a qualidade de vida como um todo.

Prevenção da evolução para escoliose grave

Prevenir que a escoliose evolua para um grau grave é fundamental para evitar complicações e a necessidade de tratamentos invasivos. O acompanhamento precoce, principalmente em crianças e adolescentes em fase de crescimento, é essencial para detectar alterações na coluna ainda nos estágios iniciais.

Consultas regulares com profissionais especializados permitem o monitoramento da curvatura e a adoção de intervenções quando necessário. Além disso, o uso correto de coletes ortopédicos, indicado em casos selecionados, pode ajudar a controlar a progressão da curvatura. A fisioterapia também desempenha papel importante ao fortalecer a musculatura que sustenta a coluna, melhorar a postura e aumentar a flexibilidade.

Adotar hábitos saudáveis, como manter uma boa postura no dia a dia e praticar exercícios físicos adequados, contribui para a saúde da coluna e auxilia na prevenção da piora da escoliose.

 

Fontes:

Manual MSD

Sociedade Brasileira de Coluna