Agendar Primeira Consulta
Fale conosco pelo WhatsApp

Escoliose idiopática do adolescente: o que é?

Escoliose idiopática do adolescente: o que é?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Desvio lateral da coluna vertebral é comum em pessoas entre os 10 e os 18 anos

É muito comum receber, nos consultórios e nos canais de comunicação, pais de adolescentes que perceberam algum tipo de desvio na coluna vertebral dos seus filhos. Um dos mais comuns é a escoliose, caracterizada pelo desvio lateral da coluna.

Diversos estudos indicam que a escoliose pode atingir até 4% das pessoas, e grande parte desses casos ocorre na adolescência. Como a causa, na maioria das vezes, não pode ser muito bem definida, é chamada de escoliose idiopática do adolescente.

Se você é adolescente — ou mesmo pai ou mãe de pessoas nessa faixa etária — e percebe que existe um desvio na postura que possa indicar essa condição, é importante procurar atendimento médico especializado para que o diagnóstico seja feito e o adolescente possa ser encaminhado para o tratamento correto.

Neste conteúdo, vamos conhecer um pouco mais sobre a escoliose idiopática do adolescente e descobrir quais são os seus principais tratamentos. Acompanhe a leitura!

O que é a escoliose idiopática do adolescente?

Como mencionado anteriormente, a escoliose idiopática do adolescente é, basicamente, responsável por cerca de 80% dos casos de escoliose em crianças e adolescentes entre os 10 e os 18 anos de idade. Em geral, as meninas são mais afetadas do que os meninos.

A escoliose pode ser identificada, assim como em qualquer idade, com uma curvatura em forma de “S” ou de “C” na coluna, quando vista de trás. Em condições normais, a coluna vista desse ângulo deve parecer quase reta.

A escoliose idiopática do adolescente é chamada assim justamente porque não é possível descrever uma causa específica para essa condição.

Fatores de risco da escoliose idiopática do adolescente

Ainda que não seja possível identificar uma causa exata para a escoliose idiopática do adolescente, percebe-se que muitos casos são associados a alguns fatores de risco, tais como:

  • Sexo feminino, uma vez que a maior parte dos casos ocorre em meninas;
  • Hereditariedade ou alterações genéticas que favorecem desvios na coluna;
  • Problemas relacionados à postura;
  • Estímulos e sobrecargas sobre a coluna durante o crescimento;
  • Interações hormonais durante o crescimento.

Como dito anteriormente, esses fatores estão comumente associados à escoliose idiopática do adolescente, mas não necessariamente são suas causas. Contudo, ainda existem casos de escoliose na adolescência em que não é possível identificar qualquer fator de risco associado.

A escoliose na adolescência apresenta sintomas?

Como já mencionado, a escoliose idiopática do adolescente faz com que a coluna vertebral, que, vista de trás, deveria ser reta, seja percebida com uma ou mais curvas para a direita ou para a esquerda, lembrando letras como o “C” ou o “S”.

Esse desvio faz com que o adolescente apresente algumas características específicas, tais como a falta de centralidade da cabeça e a assimetria dos ombros (um mais alto que o outro), do quadril e da escápula. É possível perceber, também, alterações no caimento das roupas.

Por si só, a escoliose idiopática do adolescente não causa dor ou outros sintomas incômodos. No entanto, por causa da sobrecarga sobre a coluna vertebral desviada, a pessoa pode sentir dores musculares e ter maior propensão ao cansaço físico. Além disso, órgãos como o coração e os pulmões podem ter seus posicionamentos e funcionamentos afetados pelo desvio da coluna.

Como o diagnóstico é feito?

O diagnóstico da escoliose idiopática do adolescente é feito com base na análise da história clínica do paciente e no exame físico. Por meio deles, é possível identificar os principais sinais que caracterizam a condição.

Para complementar o diagnóstico, determinar seu grau e entender se há comorbidades ou complicações, exames de imagem precisam ser realizados. O principal deles é a radiografia panorâmica da coluna com medida de ângulo de Cobb, que determina a magnitude da curvatura da escoliose.

Outros exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, podem ser realizados para aprofundar as investigações, caso seja identificada necessidade.

Tratamentos para escoliose idiopática do adolescente

O tratamento para a escoliose idiopática do adolescente depende da gravidade da condição. Nos casos em que o ângulo de desvio é muito baixo, pode-se optar apenas pela observação do desenvolvimento da condição.

Dependendo do grau de curvatura, podem ser adotados alguns tratamentos conservadores, como a realização de exercícios, a fisioterapia, a reeducação postural e o uso de coletes específicos para ajustar a postura. Dessa maneira, é possível melhorar a qualidade de vida e evitar que a escoliose piore com o passar do tempo.

Em que casos o tratamento cirúrgico é indicado?

O tratamento para escoliose idiopática do adolescente pode ser cirúrgico nos casos em que o ângulo do desvio da coluna vertebral é muito grande, geralmente maior que 45 graus. No procedimento, é feito o ajuste do desvio com o auxílio de hastes e parafusos, que também contribui para evitar a recidiva do problema.

A cirurgia é realizada com o paciente sob anestesia geral e pode durar de 3 a 8 horas, dependendo do grau da escoliose. O procedimento deve ser feito com monitorização da função neurológica, para evitar quaisquer danos à medula.

É possível reverter uma escoliose?

A correção da curvatura de uma escoliose depende de uma série de fatores, desde seu grau até a presença de outras condições ou complicações. Na maioria dos casos, não é possível reverter completamente a escoliose, mas diminuir o grau de desvio em níveis suficientes para que o paciente tenha uma boa qualidade de vida.

Para isso, é importante que o acompanhamento seja feito por um médico especialista em tratamentos de doenças da coluna vertebral, como o Dr. Flávio Zelada. Para saber mais sobre a escoliose idiopática do adolescente e outras condições, entre em contato e agende uma consulta.

Fontes:

Scoliosis Research Society

Sociedade Brasileira de Coluna