A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que afeta a coluna, causando dor, rigidez e podendo levar à fusão das vértebras
A espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente a coluna vertebral e as articulações sacroilíacas, localizadas na base da coluna. Essa condição faz parte do grupo das espondiloartrites e está associada a um mau funcionamento do sistema imunológico, que leva a inflamações persistentes. Com o tempo, a inflamação pode causar rigidez e fusão dos ossos da coluna, resultando em perda de mobilidade e dores intensas.
Embora a espondilite anquilosante afete principalmente a coluna, outras articulações e estruturas do corpo também podem ser comprometidas, incluindo quadris, ombros e até mesmo os olhos, em casos de uveíte. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir os impactos da doença e melhorar a funcionalidade da coluna. Saiba mais a seguir!
Sinais e sintomas da espondilite anquilosante
Os principais sinais da espondilite anquilosante incluem dor crônica e rigidez na região lombar e nas nádegas, que costumam piorar após períodos de repouso e melhorar com a atividade física. Essa dor inflamatória geralmente surge de forma gradual e pode se espalhar para outras áreas da coluna e articulações, tornando os movimentos mais limitados.
Além disso, a inflamação pode afetar outras partes do corpo, como os olhos, causando uveíte, e a caixa torácica, resultando em dificuldades respiratórias devido à limitação da expansão pulmonar.
Como fica uma pessoa com espondilite anquilosante?
Com a progressão da doença, a coluna pode perder sua flexibilidade, levando a uma postura curvada para frente, conhecida como cifose. A fusão das vértebras pode causar uma grande limitação nos movimentos, dificultando atividades do dia a dia. Além disso, a dor crônica e a inflamação persistente podem levar ao cansaço excessivo, impactando a qualidade de vida.
Quadros semelhantes a espondilite anquilosante
Algumas condições apresentam sinais e sintomas semelhantes aos da espondilite anquilosante, o que pode dificultar o diagnóstico. Entre elas, destacam-se outras espondiloartrites, como a artrite psoriásica e a artrite reativa, que também causam inflamação nas articulações e podem comprometer a coluna vertebral.
A lombalgia crônica de origem mecânica é outra possibilidade, pois também provoca dor persistente na região lombar, embora não tenha um caráter inflamatório como na espondilite anquilosante. Além disso, doenças autoimunes como a artrite reumatoide e o lúpus podem apresentar sintomas articulares e inflamatórios semelhantes. No entanto, essas condições costumam envolver outras partes do corpo além da coluna.
A fibromialgia também pode ser confundida com a espondilite anquilosante, pois causa dores musculoesqueléticas difusas, mas sem a inflamação característica da doença. Por isso, exames específicos, como a ressonância magnética e testes genéticos, são fundamentais para diferenciar essas condições e garantir um diagnóstico preciso.
Quais os tratamentos da espondilite anquilosante relacionados à coluna?
O tratamento da espondilite anquilosante tem como objetivo reduzir a inflamação, aliviar a dor e preservar a mobilidade da coluna. O uso de anti-inflamatórios é uma das primeiras opções para controlar os sintomas. Em casos mais avançados ou resistentes, podem ser indicados medicamentos biológicos, que atuam diretamente no sistema imunológico para conter a inflamação.
Além da medicação, a fisioterapia desempenha um papel fundamental, ajudando a manter a flexibilidade da coluna, melhorar a postura e prevenir a progressão da rigidez. Exercícios específicos e alongamentos são essenciais para evitar complicações e preservar a qualidade de vida do paciente.
Quando é indicada a correção cirúrgica da deformidade da espondilite anquilosante?
A cirurgia é considerada em casos graves, quando a fusão das vértebras leva a deformidades severas que comprometem a mobilidade e a qualidade de vida. A correção cirúrgica pode ser indicada para pacientes com cifose extrema, que prejudica a visão do horizonte e interfere em atividades diárias, como caminhar e se alimentar.
Além disso, em situações em que há compressão da medula espinhal ou dor intensa e persistente que não responde a outros tratamentos, a cirurgia pode ser uma alternativa viável. O procedimento visa corrigir a postura e restaurar a funcionalidade da coluna, proporcionando mais conforto e autonomia ao paciente.
Quais as particularidades de uma fratura de coluna para espondilite anquilosante?
As fraturas de coluna em pacientes com espondilite anquilosante apresentam particularidades importantes que as tornam mais graves e complexas. Devido à inflamação crônica e à fusão progressiva das vértebras, a coluna torna-se mais rígida e frágil, perdendo sua flexibilidade natural. Isso faz com que qualquer impacto ou trauma, mesmo leve, tenha um risco elevado de causar fraturas instáveis e de difícil cicatrização.
Além disso, essas fraturas costumam ocorrer em toda a extensão da vértebra, afetando não apenas o corpo vertebral, mas também os ligamentos e estruturas ao redor. Como consequência, há um alto risco de lesão na medula espinhal, podendo resultar em déficits neurológicos graves, como perda de força, sensibilidade ou até paralisia.
Qual médico trata a espondilite anquilosante?
O médico responsável pelo diagnóstico e tratamento da espondilite anquilosante é o reumatologista, que é especialista em doenças inflamatórias que afetam as articulações e a coluna. Ele é o profissional indicado para acompanhar a evolução da doença, prescrever medicamentos e orientar terapias que ajudam a controlar os sintomas e preservar a qualidade de vida do paciente.
Em casos mais avançados, quando há deformidades na coluna ou necessidade de intervenções cirúrgicas, o ortopedista especialista em coluna também pode ser envolvido no tratamento. Esse profissional avalia a estrutura óssea da coluna vertebral, indicando procedimentos para correção de deformidades ou estabilização de fraturas. A atuação conjunta entre reumatologistas e ortopedistas garante um cuidado completo e personalizado para os pacientes com espondilite anquilosante.
Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Flávio Zelada.
Fontes: