Condição é uma das formas mais comuns de estreitamento e lesão da medula espinhal em pessoas adultas
As dores e alterações neurológicas que partem da coluna cervical (que é formada pelas vértebras localizadas na região do pescoço) são motivos muito comuns de consultas a médicos especialistas, principalmente quando começam a afetar, de forma grave, a qualidade de vida de um indivíduo. Entre os diversos fatores que podem causar esses sintomas, destaca-se a mielopatia cervical espondilótica.
A mielopatia cervical espondilótica ocorre quando a medula espinhal, que passa no interior da coluna vertebral, comprime-se por causa do processo degenerativo das vértebras, das suas articulações e dos discos intervertebrais da região cervical.
Neste conteúdo, você vai descobrir o que é a mielopatia cervical espondilótica e conhecer desde as suas causas e os seus sintomas até os tratamentos que podem ser realizados. Acompanhe a leitura!
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Causas da mielopatia cervical espondilótica
A mielopatia cervical espondilótica é causada pela estenose (pelo estreitamento) do canal da medula espinhal na região da coluna cervical. Isso, por sua vez, pode ocorrer em consequência de condições como:
- Hérnias de disco;
- Osteoartrite;
- Hipertrofia das facetas;
- Hipertrofia do ligamento amarelo;
- Calcificação do ligamento longitudinal posterior;
- Outras alterações degenerativas ou congênitas.
A maioria dessas condições é causada a partir do processo degenerativo típico do envelhecimento. No entanto, outros fatores, como a postura inadequada, a falta de atividades físicas, o excesso de sobrecarga sobre a coluna e, até mesmo, fatores hereditários e congênitos podem estar por trás do risco aumentado de desenvolvimento da mielopatia cervical espondilótica.
Sintomas comuns da mielopatia cervical
Os principais sintomas da mielopatia cervical espondilótica são:
- Cervicalgia (dor no pescoço e nos ombros);
- Dor irradiada para os membros superiores;
- Perda de equilíbrio;
- Dificuldade para manter a marcha;
- Hiperreflexia;
- Dificuldade para realizar atividades que exigem coordenação motora;
- Fraqueza, choque ou formigamento nos membros superiores e nos membros inferiores;
- Alterações nos hábitos urinários.
Os sintomas da mielopatia cervical espondilótica costumam surgir gradualmente, com o quadro de alterações neurológicas se instalando até fazer com que as dificuldades de movimento e de realização de atividades cotidianas se tornem graves, incapacitantes e permanentes.
Como o diagnóstico é feito?
O diagnóstico da mielopatia cervical espondilótica compreende a realização de uma série de exames para identificar o problema e as suas causas, descartando qualquer condição que possa ter sintomas semelhantes.
Para isso, além da análise clínica e do exame físico no consultório, o paciente deve realizar alguns exames específicos, como testes neurológicos, tomografia computadorizada, ressonância magnética e radiografias da coluna cervical. Assim, é possível identificar a mielopatia cervical e iniciar o tratamento adequado.
Vale lembrar que, pelo fato de a mielopatia cervical espondilótica ser uma condição cujos sintomas aumentam de forma gradativa, o diagnóstico precoce sempre é um diferencial importante para a recuperação da qualidade de vida do paciente durante e após o tratamento.
A mielopatia cervical espondilótica tem cura?
A mielopatia cervical espondilótica é uma doença progressiva e degenerativa. Nos casos em que o diagnóstico é realizado precocemente, as chances de reversão são bem maiores. De modo geral, ainda que haja casos em que não há uma cura completa, é possível fazer com que o paciente recupere sua qualidade de vida.
Tratamentos da mielopatia cervical espondilótica
De forma conservadora, é possível manejar os sintomas da mielopatia cervical espondilótica por meio do uso de medicamentos analgésicos simples ou de ação mais intensa, corticosteroides e, em alguns casos, anti-inflamatórios.
Além disso, para auxiliar no fortalecimento muscular e na melhora do equilíbrio e da coordenação motora, sessões de fisioterapia também podem ser recomendadas, desde que com controle para que o problema não se agrave.
Quando o tratamento cirúrgico é indicado?
A cirurgia é o principal meio de tratamento para a mielopatia cervical espondilótica, indicada para evitar a progressão da doença. O procedimento é mais comumente realizado em pacientes com graus moderados ou graves da mielopatia cervical.
Como a cirurgia para mielopatia cervical é realizada?
As abordagens cirúrgicas para tratar a mielopatia cervical espondilótica podem variar. O principal foco do procedimento é descomprimir as estruturas nervosas e tratar as condições que estejam causando a mielopatia. A cirurgia pode ser realizada tanto por via anterior (na região da frente do pescoço), quanto por via posterior (na região de trás do pescoço).
Em alguns casos, pode haver a necessidade de uma artrodese, que consiste na fusão de duas ou mais vértebras. Em outras, pode ser necessária a colocação de uma prótese discal. Compressões medulares extensas podem indicar uma corpectomia, que consiste na remoção de um ou mais corpos vertebrais para aliviar a estenose. Há, ainda, a laminoplastia, que é realizada para descomprimir a medula.
A indicação da abordagem mais viável para cada paciente deve depender da avaliação individualizada realizada no processo de diagnóstico ou no acompanhamento da mielopatia cervical espondilótica.
Tratamento especializado para mielopatia cervical!
Pós-operatório e recuperação da cirurgia de mielopatia cervical
A principal recomendação do pós-operatório da cirurgia de mielopatia cervical espondilótica é o uso de colar cervical com repouso relativo e pequenas atividades diárias (como caminhadas). Devem-se evitar movimentos bruscos e é importante tomar os devidos cuidados de higienização e troca de curativos da ferida cirúrgica.
Após algumas semanas de recuperação, o paciente deve iniciar as sessões de fisioterapia com foco no fortalecimento e na recuperação do equilíbrio de algumas capacidades motoras.
Já o retorno ao trabalho e às atividades cotidianas depende de uma série de fatores, tais como o tipo de abordagem cirúrgica, a gravidade da condição e a evolução da recuperação em si. Em muitos casos, as pessoas conseguem voltar à rotina em até 3 meses, ainda que a recuperação completa possa levar até um ano para se consolidar.
Qual profissional realiza a cirurgia da mielopatia cervical espondilótica?
A cirurgia de mielopatia cervical espondilótica deve ser feita por um médico especialista em cirurgia da coluna vertebral, tanto nas especialidades voltadas à ortopedia quanto naquelas voltadas à neurocirurgia. Esses profissionais são preparados para lidar com todos os processos, desde o diagnóstico até a consolidação da recuperação do paciente.
O Dr. Flávio Zelada é ortopedista e cirurgião da coluna vertebral, especialista na realização de tratamentos, como a cirurgia de mielopatia cervical espondilótica. Se você sofre com sintomas que podem indicar essa condição, entre em contato e agende uma consulta para que possamos investigar o seu caso.
Fontes: