Condição silenciosa que enfraquece os ossos e aumenta o risco de fraturas, a osteoporose exige atenção, prevenção e cuidados contínuos.
Com o envelhecimento, é natural que o corpo passe por diversas transformações — algumas perceptíveis, outras mais silenciosas, mas igualmente importantes. Nesse contexto, a saúde dos ossos merece atenção especial, principalmente quando mudanças sutis começam a impactar a mobilidade, o equilíbrio e até a rotina.
Fraturas com pequenos traumas, perda de estatura e dores recorrentes podem ser sinais de algo mais profundo acontecendo no esqueleto, como a osteoporose, uma condição que afeta milhões de pessoas, muitas vezes de forma silenciosa. Saiba mais a seguir.
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O que é osteoporose?
A osteoporose é uma condição de saúde caracterizada pela redução da densidade e da qualidade dos ossos, tornando-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Ela ocorre de forma silenciosa e progressiva, ou seja, muitas vezes não apresenta sintomas até que um osso se quebre — geralmente em regiões como o quadril, coluna ou punho.
Essa perda de massa óssea acontece quando o organismo deixa de formar osso novo na mesma velocidade em que reabsorve o osso antigo. Como resultado, os ossos se tornam porosos, menos resistentes e mais vulneráveis a quedas ou pequenos impactos. A osteoporose é mais comum em mulheres após a menopausa, mas também pode afetar homens e pessoas mais jovens, especialmente quando há fatores de risco associados.
Principais causas da osteoporose
A osteoporose pode ter diversas causas, geralmente relacionadas ao desequilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea. Com o envelhecimento, é natural que a densidade dos ossos diminua, mas em algumas pessoas esse processo acontece de forma mais intensa e precoce. A queda na produção de hormônios, especialmente o estrogênio nas mulheres após a menopausa, é uma das principais causas, pois afeta diretamente o metabolismo ósseo.
Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento da osteoporose incluem deficiências nutricionais, como baixa ingestão de cálcio e vitamina D, além de doenças crônicas, uso prolongado de certos medicamentos (como corticoides), sedentarismo e hábitos de vida pouco saudáveis. A combinação desses elementos pode acelerar a perda de massa óssea e aumentar significativamente o risco de fraturas.
Fatores de risco
Embora qualquer pessoa possa desenvolver osteoporose, alguns fatores de risco aumentam as chances de que ela se manifeste ao longo da vida. Entre os principais, estão:
- Idade avançada;
- Histórico familiar de osteoporose ou fraturas;
- Menopausa precoce ou cirurgias que afetam os ovários;
- Baixo peso corporal ou estrutura óssea pequena;
- Deficiência de cálcio e vitamina D;
- Sedentarismo;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Uso prolongado de corticoides ou outros medicamentos que afetam a densidade óssea;
- Doenças crônicas, como artrite reumatoide, doenças da tireoide ou do trato gastrointestinal.
Sintomas da osteoporose
Um dos grandes desafios da osteoporose é que, na maioria dos casos, ela não apresenta sintomas nas fases iniciais. Trata-se de uma doença silenciosa, que pode evoluir por anos sem que a pessoa perceba qualquer sinal de alerta. Muitas vezes, o diagnóstico só acontece após uma fratura causada por um impacto leve, o que indica que os ossos já estão bastante fragilizados.
Conforme a condição avança, alguns sinais podem surgir, como:
- Dores nas costas, especialmente causadas por fraturas vertebrais;
- Perda de estatura ao longo do tempo, devido ao colapso das vértebras;
- Postura encurvada ou corcunda (cifose);
- Fraturas recorrentes em ossos como quadril, punho e coluna, mesmo após quedas pequenas;
- Fraqueza muscular e instabilidade, o que aumenta o risco de quedas.
Por ser uma doença progressiva e muitas vezes silenciosa, é fundamental manter um acompanhamento médico regular, especialmente após os 50 anos ou na presença de fatores de risco.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da osteoporose é feito principalmente por meio de um exame chamado densitometria óssea (DEXA ou DXA), que avalia a densidade mineral dos ossos. Esse exame é simples, indolor e geralmente realizado nas regiões do quadril e da coluna lombar, onde a perda óssea costuma ser mais significativa. Os resultados indicam se o paciente tem densidade óssea normal, osteopenia (fase anterior à osteoporose) ou osteoporose.
Além da densitometria, o médico pode solicitar exames laboratoriais para avaliar níveis de cálcio, vitamina D, hormônios e marcadores do metabolismo ósseo, além de investigar possíveis doenças associadas. O histórico clínico, os hábitos de vida e os fatores de risco individuais também são fundamentais para uma avaliação completa. Com base nessas informações, o profissional definirá a melhor conduta para tratamento ou prevenção da osteoporose.
Tratamento da osteoporose
Embora a osteoporose não tenha cura, ela pode ser controlada e tratada de forma eficaz, com o objetivo de evitar a progressão da perda óssea e reduzir o risco de fraturas. O tratamento é individualizado e pode incluir mudanças no estilo de vida, suplementação, medicamentos e acompanhamento médico regular.
Entre as abordagens mais comuns estão:
- Suplementação de cálcio e vitamina D para garantir a base necessária à saúde óssea;
- Medicamentos específicos que ajudam a reduzir a perda de massa óssea ou estimulam a formação de osso novo;
- Prática regular de exercícios físicos, especialmente os de impacto leve e fortalecimento muscular, que melhoram o equilíbrio, a postura e a densidade óssea;
- Alimentação rica em nutrientes importantes para os ossos, como magnésio, fósforo, proteínas e vitaminas do complexo B;
- Prevenção de quedas, com ajustes no ambiente doméstico e melhora do condicionamento físico, especialmente em idosos.
Prevenção da osteoporose
A prevenção da osteoporose deve começar desde cedo, com hábitos que favorecem a formação e manutenção da massa óssea ao longo da vida. Entre os principais pilares estão a alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e exposição solar adequada (para a produção natural de vitamina D). Adotar um estilo de vida saudável não apenas fortalece os ossos, como também reduz o risco de fraturas e complicações no futuro.
Além disso, o acompanhamento médico periódico é essencial para identificar precocemente fatores de risco ou deficiências nutricionais, especialmente em mulheres no climatério, pessoas com histórico familiar da doença ou que fazem uso prolongado de medicamentos que afetam a saúde óssea.
Alimentação saudável para ossos fortes
Uma alimentação rica em nutrientes essenciais é fundamental na prevenção da osteoporose. O cálcio e a vitamina D são os protagonistas, mas outros elementos como proteínas, fósforo, magnésio e antioxidantes também desempenham papéis importantes.
Inclua no dia a dia alimentos como:
- Leite e derivados (como iogurte e queijos), fontes diretas de cálcio;
- Ovos, ricos em vitamina D e proteínas;
- Salmão, que fornece ômega-3 e vitamina D;
- Vegetais verde-escuros, como couve, espinafre e brócolis, que são boas fontes de cálcio vegetal;
- Castanha-do-pará, rica em selênio e magnésio, que contribuem para o metabolismo ósseo;
- Leguminosas e sementes, como feijão, lentilha, chia e gergelim, que também fornecem minerais essenciais.
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Estilo de vida e osteoporose
O estilo de vida desempenha um papel essencial na prevenção e progressão da osteoporose. Diversos estudos apontam que hábitos inadequados — como sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e de substâncias como cafeína em excesso — estão diretamente associados à redução da densidade mineral óssea e ao aumento do risco de fraturas.
Por outro lado, um estilo de vida saudável, com atividade física regular, especialmente exercícios com carga e impacto controlado (como caminhada, musculação e pilates), é fundamental para estimular o fortalecimento ósseo. Evitar o tabagismo e moderar o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína também contribui significativamente para a saúde dos ossos. Além disso, manter o peso corporal adequado e controlar doenças associadas, como diabetes e distúrbios hormonais, reduz os riscos relacionados à osteoporose.
Adotar um estilo de vida consciente é uma das formas mais eficazes de garantir qualidade de vida, autonomia e envelhecimento saudável, com ossos mais fortes e menor risco de complicações.
Exercícios recomendados
A prática regular de exercícios físicos é uma das estratégias mais eficazes para a prevenção e controle da osteoporose. Atividades que promovem o impacto leve e a resistência muscular estimulam diretamente a formação óssea, ajudam a manter a densidade mineral e melhoram o equilíbrio — o que reduz significativamente o risco de quedas e fraturas.
Entre os mais recomendados estão:
- Pilates, que trabalha a consciência corporal, melhora a postura e a flexibilidade e fortalece a musculatura profunda, especialmente a da coluna vertebral;
- Musculação, que utiliza cargas progressivas e auxilia na manutenção da massa muscular e da resistência óssea;
- Caminhadas, que são atividades de baixo impacto, mas muito eficientes na estimulação dos ossos das pernas e quadris;
- Treinamentos funcionais e exercícios com elásticos, que também promovem resistência e estabilidade.
A recomendação é que os exercícios sejam sempre orientados por profissionais capacitados, respeitando a individualidade e as condições clínicas de cada pessoa. O movimento regular, além de fortalecer os ossos, contribui para um envelhecimento mais saudável, ativo e seguro.
Para saber mais a respeito da osteoporose ou realizar um acompanhamento regular, entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Flávio Zelada.
Fontes: