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Descompressão medular

Descompressão medular
Imagem: Shutterstock

Procedimento alivia a pressão sobre a medula espinhal do paciente, eliminando desconfortos e melhorando sua qualidade de vida

A medula espinhal é uma estrutura fundamental do sistema nervoso central, que se estende do cérebro até a região lombar da coluna. É responsável por transmitir sinais nervosos entre o cérebro e o resto do corpo, controlando funções motoras, sensoriais e autônomas. Algumas condições podem levar à compressão dessa estrutura, causando uma variedade de sintomas e complicações.

Imagens que demonstram a medula espinal e a relação da coluna vertebral com a medula espinal e o sistema nervoso.

Imagens que demonstram a medula espinal e a relação da coluna vertebral com a medula espinal e o sistema nervoso.

Hérnia de disco, estenose espinhal, tumores da coluna, infecções ou traumas na coluna podem levar à compressão do canal medular. Dependendo do quadro apresentado e das causas dessa alteração, o tratamento recomendado pode incluir a realização de uma cirurgia de descompressão medular. Saiba mais sobre este procedimento a seguir.

compressão medular por hérnia de disco C3-C4

compressão medular por fratura patológica causada por metástase óssea tumoral

O que é a descompressão medular e para que serve?

A descompressão medular é um procedimento cirúrgico realizado para aliviar a pressão sobre a medula espinhal e os nervos espinhais, removendo tecido ósseo, discos intervertebrais ou outros materiais que estejam comprimindo essas estruturas. O principal objetivo dessa intervenção é aliviar os sintomas apresentados pelo paciente, preservando sua função neurológica e melhorando a qualidade de vida do indivíduo.

A realização da descompressão medular é indicada para tratar uma ampla variedade de condições que podem levar a patologias, cabendo a um ortopedista especializado em cirurgias da coluna avaliar o quadro apresentado pelo paciente e identificar se a metodologia oferece as melhores opções para o caso.

Saiba se a descompressão medular é para o seu caso!

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Como é feita a descompressão medular?

A descompressão medular pode ser feita a partir de diferentes técnicas, mas as metodologias minimamente invasivas são as mais aplicadas atualmente. Com o paciente anestesiado, o cirurgião faz uma incisão na região da coluna, por onde são removidos os tecidos, discos ou outras estruturas que estão comprimindo os nervos e a medula.

O tempo de cirurgia para a descompressão medular pode variar conforme a técnica cirúrgica utilizada, a extensão da compressão e outros fatores individuais. Em geral, a cirurgia pode durar de algumas horas a várias horas, dependendo da complexidade do caso. Cabe ressaltar que este tipo de procedimento pode ser realizado isoladamente ou associado a outras técnicas, como a artroplastia da coluna cervical ou artrodese para fusão das vértebras, nos casos de instabilidade.

Principais técnicas de descompressão medular

Entre as principais técnicas de descompressão medular, estão:

Laminotomia

Este procedimento cirúrgico envolve a remoção parcial da lâmina óssea (parte posterior do arco vertebral) para aliviar a pressão sobre a medula espinhal e os nervos espinhais. A laminotomia pode ser realizada pela via posterior, dependendo da localização da compressão.

A técnica é indicada principalmente para casos de:

  • Estenose espinhal;
  • Hérnias de disco;
  • Outras condições que causam compressão da medula espinhal ou dos nervos espinhais.

Laminectomia

Esta é uma técnica de descompressão medular que envolve a remoção completa da lâmina óssea para descomprimir a medula espinhal e os nervos espinhais, sendo geralmente realizada pela via posterior, com uma incisão na parte de trás da coluna vertebral.

A laminectomia é indicada para casos mais graves de:

  • Estenose espinhal;
  • Tumores na coluna vertebral;
  • Traumas na coluna vertebral;
  • Outras condições que requerem uma descompressão mais extensa.

Split do espinhoso

A cirurgia de “split do espinhoso lombar” (ou “spinous process splitting surgery”) é uma técnica minimamente invasiva usada principalmente para tratar condições da coluna lombar, como estenose espinhal lombar. A técnica envolve a divisão dos processos espinhosos das vértebras lombares para criar acesso ao canal espinhal sem a necessidade de uma dissecção extensa dos músculos paravertebrais. Este método visa reduzir a dor pós-operatória, a perda de sangue e o tempo de recuperação em comparação com as abordagens cirúrgicas tradicionais.

Discectomia

A discectomia é um procedimento usado para remover parte ou todo o disco intervertebral herniado que está pressionando a medula espinhal ou os nervos espinhais. Pode ser realizada pela via anterior ou posterior, dependendo da localização do disco herniado.

Esta técnica é frequentemente usada para tratar hérnias de disco na coluna vertebral lombar, torácica ou cervical que causam compressão neural.

Laminoplastia

Este procedimento cirúrgico é usado para criar mais espaço para a medula espinhal e os nervos espinhais, preservando a estrutura óssea da coluna vertebral. A laminoplastia geralmente é realizada pela via posterior, com uma incisão na parte de trás da coluna vertebral.

Este tipo de técnica é indicado para casos de estenose espinhal cervical.

Foraminotomia

Intervenção que alarga o forame neural, o espaço por onde os nervos espinhais saem da coluna vertebral, para realizar a descompressão medular por meio do alívio da pressão sobre os nervos. Esse procedimento pode ser realizado pela via anterior ou posterior, dependendo da localização da compressão. A foraminotomia é usada principalmente para tratar estenose foraminal.

Corpectomia

A corpectomia é um procedimento cirúrgico usado para remover o corpo da vértebra ou parte dela, com o intuito de descomprimir a medula espinhal e os nervos espinhais. A intervenção pode ser realizada pela via anterior ou posterior, dependendo da localização da compressão e da extensão da cirurgia. Em geral, esta intervenção é indicada para casos mais graves de compressão medular, como tumores na coluna vertebral ou fraturas vertebrais severas.

Como é a recuperação no pós-operatório da descompressão medular?

A recuperação pós-operatória da descompressão medular pode variar de acordo com diversos fatores, tais como o tipo de procedimento realizado, a gravidade da condição subjacente, a saúde geral do paciente e a presença de complicações.

No que diz respeito aos cuidados que precisam ser adotados pelo paciente, os principais são:

  • Administração de medicamentos para dor e para prevenir infecções, sempre seguindo a orientação do cirurgião;
  • Repouso relativo nos primeiros dias, com limitação da mobilidade da coluna vertebral;
  • Retorno gradual às atividades normais;
  • Realização de fisioterapia;
  • Acompanhamento médico.

Qual é o tempo de recuperação da descompressão medular?

O tempo de recuperação após a realização da descompressão medular pode variar consideravelmente, dependendo de fatores como o tipo de procedimento realizado, a extensão da cirurgia, a gravidade da condição subjacente, a saúde geral do paciente e a presença de quaisquer complicações. Em geral, a recuperação completa da descompressão medular pode levar de várias semanas a meses.

Qual médico realiza a descompressão medular?

A descompressão medular é um procedimento cirúrgico que deve ser realizado por um neurocirurgião ou um ortopedista especializado em cirurgia da coluna vertebral. Ambos os especialistas têm treinamento extensivo na avaliação e tratamento de condições que afetam a coluna vertebral e a medula espinhal.

O Dr. Flávio Zelada é médico ortopedista especializado em coluna, estando apto a realizar intervenções de descompressão medular, orientando o indivíduo a respeito do pós-operatório.

 

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde;

Dr. Flávio Zelada;

Rothman-Simeone and Herkowitz’s, the Spine. Seventh. Elsevier; 2018.