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Descompressão tubular

Descompressão tubular
Imagem: Shutterstock

Confira o que é, quais condições trata e seus benefícios

Você já imaginou passar por uma cirurgia e voltar rapidamente à sua rotina, quase sem dor ou complicações?

Com as cirurgias minimamente invasivas, isso é uma realidade para muitos pacientes. Essa técnica avançada reduz o trauma nos tecidos ao redor, proporcionando uma recuperação mais suave e rápida. Diferentemente das cirurgias tradicionais, os pacientes sentem menos dor após o procedimento, têm menos chances de complicações, como infecções, e apresentam cicatrizes menores.

Outro grande benefício é a possibilidade de retomar suas atividades cotidianas e profissionais mais cedo do que com as abordagens convencionais. Isso é especialmente valioso para quem precisa tratar condições da coluna vertebral, como hérnia de disco, e deseja recuperar a qualidade de vida quanto antes. A escolha por cirurgias minimamente invasivas não apenas transforma o processo de recuperação, mas também oferece mais conforto e segurança ao paciente, tornando-se a opção preferida de muitas pessoas.

Saiba se a descompressão tubular é indicada para seu caso!

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O que é a cirurgia de descompressão tubular?

A cirurgia de descompressão tubular é uma técnica microcirúrgica minimamente invasiva que serve para aliviar a compressão dos nervos na região lombar da coluna vertebral.

O grande diferencial dessa cirurgia é a minimização do trauma tecidual; ao invés de cortar os músculos, a técnica utiliza tubos para dilatá-los. Além disso, a dor pós-operatória é menor e a recuperação é mais rápida.

Em quais casos a descompressão tubular é indicada?

Existem três principais casos em que essa cirurgia é extremamente eficaz.

Hérnia de disco

A descompressão tubular é indicada para pacientes com hérnia de disco lombar, que acontece quando o material gelatinoso do disco intervertebral se projeta para fora, comprimindo os nervos na coluna lombar. Os sintomas típicos incluem dor na região lombar que se irradia para a perna, perda de sensibilidade, formigamento e fraqueza.

A cirurgia é feita para aliviar essa compressão nervosa, sendo realizada através de uma pequena incisão na pele, minimizando o trauma aos tecidos musculares ao utilizar tubos para acessar e descomprimir os nervos.

Imagem ilustrativa de disco herniado,
Imagem: Shutterstock

Cisto sinovial

Pacientes com cisto sinovial lombar também podem se beneficiar muito com a descompressão tubular. O cisto sinovial é uma formação benigna que pode se desenvolver na região da coluna vertebral, muitas vezes causando compressão dos nervos e sintomas como dor irradiada, formigamento e fraqueza.

A técnica cirúrgica aqui envolve a utilização de um afastador tubular para acessar e descomprimir o local afetado, permitindo uma recuperação rápida e geralmente sem necessidade de internação longa.

Estenose do canal vertebral

Por último, a descompressão tubular também é indicada para pacientes com estenose do canal vertebral lombar. Esta condição é caracterizada pelo estreitamento do canal vertebral, o que pode comprimir os nervos na região lombar e causar sintomas como dor nas pernas, perda de sensibilidade, formigamento e fraqueza ao caminhar.

Assim como nos dois outros casos, a natureza tubular da cirurgia alivia os sintomas com menos trauma, recuperação mais rápida e menor período de internação.

Imagem de raio-x da estenose do canal
Imagem: Shutterstock

Como é feita a cirurgia?

Antes de começar, o cirurgião prepara o local da cirurgia com produtos antissépticos e utiliza radiografia para identificar exatamente qual é o local em que será feita a descompressão. Após isso, o paciente recebe anestesia geral (ou local assistida, e sedação em alguns casos) e uma pequena incisão (de 1,5 a 2 cm) é feita na pele. Com o auxílio de um microscópio neurocirúrgico, o cirurgião realiza a descompressão dos nervos na coluna vertebral, removendo parte do tecido ou estruturas que estejam exercendo pressão sobre os nervos afetados — pela mesma incisão, é possível descomprimir até três segmentos da coluna. Depois de tudo, a incisão é suturada e um curativo é aplicado.

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Como é o pós-operatório da descompressão tubular?

O pós-operatório da cirurgia de descompressão tubular geralmente é mais tranquilo em comparação a técnicas cirúrgicas tradicionais.

Após a cirurgia, os pacientes já acordam da anestesia sem os sintomas que se queixavam e a maioria recebe alta após algumas horas de recuperação da anestesia — entre três e quatro horas.

Para o controle da dor nos primeiros dias, são prescritos medicamentos simples como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares. Já o curativo inicial é trocado aproximadamente dois dias após a cirurgia e posteriormente uma vez ao dia até a retirada dos pontos, que ocorre geralmente após 10 dias, se forem usados fios não absorvíveis.

Quanto ao retorno às atividades do dia a dia, o tempo varia dependendo da profissão do paciente e das orientações específicas do médico, sendo que na maioria dos casos atividades mais pesadas, como as esportivas, são liberadas de quatro a seis semanas após o procedimento.

Quais os benefícios da descompressão tubular?

Os benefícios exclusivos da técnica de descompressão tubular são:

  • Mínimo trauma tecidual: a técnica utiliza pequenas incisões na pele e tubos para dilatar os músculos ao invés de cortá-los, o que resulta em menos danos aos tecidos musculares e uma recuperação mais rápida.
  • Menor necessidade de internação hospitalar: geralmente, os pacientes recebem alta hospitalar no mesmo dia da cirurgia após o tempo de recuperação da anestesia.
  • Recuperação rápida: devido ao menor trauma e à técnica minimamente invasiva, os pacientes tendem a ter uma recuperação mais rápida, com retorno mais rápido às atividades cotidianas e até esportivas.

Quais as vantagens da descompressão tubular, em comparação com as cirurgias invasivas?

Outra vantagem importante da descompressão tubular em comparação às cirurgias convencionais é a potencial redução de complicações pós-operatórias, como infecções. Devido às menores incisões e à preservação dos tecidos musculares, há menos exposição dos tecidos internos ao ambiente externo, o que diminui o risco de infecções cirúrgicas.

Diversos estudos mostram que as taxas de infecção são muito menores em procedimentos minimamente invasivos comparados às cirurgias abertas convencionais. Isso garante uma experiência pós-operatória mais tranquila e segura para os pacientes.

Quais os riscos da cirurgia?

Como em qualquer procedimento cirúrgico, existem alguns riscos gerais e específicos associados, como possíveis complicações relacionadas à anestesia ou lesão acidental de estruturas nervosas ou vasculares. Além disso, embora a técnica minimamente invasiva reduza o risco de infecção em comparação com cirurgias abertas, ainda existe essa possibilidade na incisão ou no local cirúrgico.

Para diminuir as chances desses riscos é fundamental optar por um médico confiável, sempre se baseando na experiência e na formação do profissional escolhido.

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Fontes:

Dr. Flávio Zelada

Hermansen E, et. al. Comparison of 3 Different Minimally Invasive Surgical Techniques for Lumbar Spinal Stenosis: A Randomized Clinical Trial. JAMA Netw Open. 2022

Phan K, Mobbs RJ. Minimally Invasive Versus Open Laminectomy for Lumbar Stenosis: A Systematic Review and Meta-Analysis. Spine (Phila Pa 1976). 2016