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Hipercifose

Hipercifose
Imagem: Shutterstock

A curvatura anormal da coluna vertebral, que caracteriza a hipercifose, pode trazer incômodos significativos para a vida do paciente

A coluna vertebral possui uma curvatura normal (entre 20 e 45 graus) na região torácica chamada cifose. Ela auxilia o pescoço a suportar o peso da cabeça. Quando esta curvatura é mais acentuada do que o normal, é designada como hipercifose.

O que é a cifose torácica?

A cifose torácica é uma curvatura natural da coluna localizada na região do tórax, onde as vértebras formam uma leve convexidade voltada para trás. Essa curvatura faz parte da anatomia normal da coluna e tem um papel importante na absorção de impactos, no equilíbrio do corpo e na proteção das estruturas internas, como pulmões e coração. Junto com outras curvaturas naturais, a cifose torácica contribui para o alinhamento postural e para a distribuição adequada das forças que atuam sobre o corpo durante os movimentos.

O que é a hipercifose?

A hipercifose acontece quando há uma curvatura exagerada na coluna. No geral, quando o arqueamento passa dos 60 graus, é recomendado buscar o diagnóstico de um médico especialista em coluna.

Diferença entre cifose e hipercifose

A principal diferença entre a cifose e a hipercifose é que, no primeiro caso, a curva é natural da fisiologia humana. Já a hipercifose é o contrário: a curvatura é mais saliente, com uma aparência popularmente conhecida como “corcunda”.

Atente-se- aos fatores de risco da hipercifose!

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Quais as causas da hipercifose?

A curvatura exagerada da coluna pode surgir por vários motivos. Em alguns casos, a origem está associada a problemas estruturais no indivíduo, enquanto em outros pode estar ligada a hábitos pouco saudáveis. Confira:

Postura inadequada

As pessoas passam longas horas sentadas sem dar atenção à postura, seja ao usar o celular, notebook ou computador. Este hábito pode abrir caminho para a curvatura exagerada da coluna no longo prazo.

Cifose de Scheuermann

Caracterizada pela alteração estrutural nas vértebras, a cifose de Scheuermann pode evoluir para uma hipercifose por afetar o arqueamento natural da coluna.

Osteoporose com fratura

A osteoporose é uma doença que deixa os ossos mais fracos, levando à diminuição da densidade óssea. Isso aumenta as chances de uma hipercifose, sobretudo em pacientes idosos.

Tumores e infecções

O desenvolvimento da hipercifose pode ter início em cânceres e infecções nas vértebras ou nos ossos. São exemplos o sarcoma de Ewing (tumor ósseo) ou a espondilodiscite (infecção nos discos intervertebrais e vértebras associadas).

Condições congênitas

As malformações nas vértebras, a síndrome de Marfan e as displasias ósseas são condições que podem levar à hipercifose.

Principais sinais e sintomas

Os indícios da hipercifose podem variar na sua gravidade, dependendo do grau de curvatura. Geralmente, os sinais são:

  • Postura curvada;
  • Rigidez na região torácica;
  • Fadiga muscular recorrente;
  • Músculos com aspecto apertado;
  • Ombros arredondados;
  • Dificuldades respiratórias (em quadros mais graves).

Riscos da hipercifose

A hipercifose, quando não tratada de forma adequada, pode trazer diversos riscos à saúde, afetando não só a postura, mas também o funcionamento geral do corpo. Entre os principais riscos associados à condição estão:

  • Dor crônica nas costas e no pescoço;
  • Limitação da mobilidade;
  • Problemas respiratórios;
  • Alterações posturais compensatórias;
  • Redução da qualidade de vida;
  • Risco de fraturas vertebrais;

Problemas psicológicos e emocionais, devido à alteração estética provocada pela hipercifose.

Como o diagnóstico da hipercifose é feito?

A análise clínica feita em consultório, somada ao relato do paciente, são os primeiros passos para o diagnóstico da hipercifose. Além disso, o procedimento padrão envolve uma investigação completa, incluindo:

  • Exames de imagem (como o raio-x, por exemplo);
  • Tomografia;
  • Ressonância magnética;
  • Teste de flexibilidade e força muscular;
  • Análise da densitometria óssea.

Qual profissional diagnostica a hipercifose?

O diagnóstico da hipercifose é feito por um médico ortopedista, preferencialmente um que seja especialista em coluna vertebral. O ideal é buscar orientação médica ao notar qualquer alteração na postura ou surgimento de sintomas relacionados à coluna.

Qual é o tratamento para hipercifose?

O tratamento da curvatura exagerada da coluna é baseado no resultado obtido durante o diagnóstico. Isso permite que o médico adote uma abordagem personalizada e mais assertiva, abrangendo:

  • Técnicas de correção postural;
  • Utilização de órteses específicas;
  • Uso de colete ortopédico;
  • Exercícios de fortalecimento muscular;
  • Remédios para diminuir a dor e inflamação;
  • Técnicas fisioterapêuticas com um especialista.

Quando o tratamento cirúrgico é indicado?

A cirurgia é recomendada quando a curvatura interfere na qualidade de vida do paciente. Também é indicada quando:

  • A curvatura exagerada da coluna está acima de 75 graus;
  • O paciente relata dor persistente e incapacitante;
  • Há um comprometimento neurológico;
  • O tratamento conservador não traz resultados satisfatórios;
  • Existe o risco de progressão da deformidade.

O que acontece se não tratar a hipercifose?

Quando a curvatura exagerada na coluna não é tratada, o paciente pode ter:

  • Agravamento progressivo do quadro;
  • Redução da expansibilidade torácica;
  • Comprometimento cardiopulmonar;
  • Surgimento de outros desvios posturais;
  • Fraqueza e/ou formigamento nos membros superiores (braços) e inferiores (pernas);
  • Problemas digestivos;
  • Problemas psicossociais;
  • Dificuldade na realização das tarefas cotidianas.

É possível prevenir?

Sim. Ações como corrigir a postura ao usar o notebook ou o computador; praticar exercícios físicos, dando atenção ao fortalecimento das costas e abdômen; e não ficar muito tempo na mesma posição são muito benéficas na prevenção da hipercifose.

Agende sua consulta com o Dr. Flávio Zelada para cuidar das suas costas com um profissional especializado em cirurgia da coluna vertebral.

Fontes

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Reumatologia

Federação Internacional da Osteoporose (IOF)