Agendar Primeira Consulta
Fale conosco pelo WhatsApp

Rizotomia Facetária

Rizotomia Facetária
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Tratamento minimamente invasivo é indicado para aliviar dores crônicas na coluna

As dores na coluna são um problema bastante comum porque podem ser causadas por uma diversidade de fatores. Quando a dor e o desconforto têm origem nas facetas articulares, um procedimento minimamente invasivo pode ser indicado como forma de tratamento: a rizotomia facetária.

Alivie as dores na coluna. Agende sua avaliação!

Antes de falar sobre o procedimento, vamos entender um pouco mais sobre a dor facetária. As articulações facetárias unem as vértebras na parte posterior e se articulam entre si para permitir a movimentação da coluna. Quando ocorre um processo de desgaste dessas articulações, devido ao atrito entre as vértebras, o local pode ficar inflamado e gerar dor e restrição dos movimentos.

A dor facetária pode ocorrer em qualquer porção da coluna vertebral, mas é mais vista primeiramente na região lombar e depois na cervical, porque são as áreas mais móveis da coluna.

Portanto, pacientes com dores crônicas na coluna que não tiveram melhora com o tratamento conservador podem realizar a rizotomia facetária, procedimento que promove uma lesão térmica no nervo da faceta que transmite a sensação de dor ao cérebro.

O que é rizotomia facetária?

A rizotomia ou denervação facetária é um procedimento minimamente invasivo realizado de forma percutânea (sem cortes) para aliviar a dor crônica na coluna com origem nas facetas articulares. Cada faceta possui nervos espinhais que enviam estímulos de dor ao cérebro quando ocorre um processo inflamatório no local.

A rizotomia facetária promove um bloqueio dessa sensação de dor ao lesionar de forma controlada o nervo responsável por transmitir tal informação. Ela pode ser realizada de forma química com uso de injeção de medicamentos ou por radiofrequência.

O tratamento pode ser uma opção para quem não conseguiu aliviar as dores crônicas com os métodos tradicionais, tais como fisioterapia, exercícios de reeducação postural global (RPG), acupuntura e medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.

Além disso, a rizotomia facetária por radiofrequênica normalmente é indicada para pessoas que tiveram uma resposta positiva após a infiltração facetária de coluna ou bloqueio teste do ramo medial, justamente pelo bloqueio também ser um método para identificar o ponto exato da dor do paciente.

Saiba se a rizotomia facetária é para o seu caso!

Agende uma consulta

Como é realizado este procedimento?

A rizotomia facetária por radiofraquênica é um procedimento realizado sem nenhum tipo de corte, mas deve ser feita em centro cirúrgico com a utilização de aparelhos de imagem que guiam o procedimento em tempo real para a melhor visualização do médico e o correto posicionamento das agulhas.

O paciente recebe anestesia local e sedação leve, sendo que o paciente pode ou não permanecer acordado para conversar com o médico durante a rizotomia, que dura em torno de 40 a 60 minutos.

Com o auxílio do raio-x contínuo, os eletrodos em forma de agulhas são inseridos na pele até alcançarem os ramos nervosos das articulações facetárias que transmitem o sinal de dor. Esses eletrodos estão conectados a um aparelho de radiofrequência que fornece uma quantidade de energia controlada por um sistema digital.

Antes de promover a lesão térmica do nervo, são feitos testes de estimulação sensitiva e motora para confirmar o posicionamento dos eletrodos. O calor gerado por radiofrequência lesiona e inativa o nervo, interrompendo a transmissão da dor. A rizotomia facetária é um procedimento seguro, pois os nervos destruídos não têm função motora. Desse modo, a sensibilidade e os movimentos de membros do corpo são preservados.

Após se recuperar do efeito da anestesia, que gira em torno de 2 horas, o paciente já pode voltar para casa e retomar sua rotina, já que a rizotomia facetária é minimamente invasiva e apresenta um índice baixíssimo de complicações.

Como é o preparo?

O preparo para a rizotomia facetária é relativamente simples e envolve os seguintes cuidados:

  • Realize jejum de 8 horas;
  • Evite esforços físicos no dia do procedimento;
  • Informe ao médico todos os medicamentos de uso contínuo para possíveis ajustes;
  • Leve um amigo ou familiar para acompanhá-lo na volta para casa;
  • Evite dirigir nas 12 horas seguintes ao procedimento.

Quais são os riscos do procedimento de rizotomia facetária?

Por ser um procedimento minimamente invasivo, os riscos são reduzidos porque não há necessidade de cortes, anestesia geral, intubação e internação hospitalar. Além disso, a rizotomia facetária é realizada em centro cirúrgico com o auxílio de exames de imagem que guiam o médico em tempo real para maior precisão e segurança.

Desse modo, os riscos mais comuns são infecções, hematomas no local de inserção das agulhas, sangramentos e fraqueza muscular provocada por manipulação de algum nervo do braço ou da perna.

A rizotomia dói?

O paciente sente apenas uma ardência ou queimação da aplicação da anestesia local, mas que dura poucos segundos. Após a rizotomia, pode haver leve dor e desconforto no local de inserção das agulhas, mas que passam com aplicação de bolsa de gelo (3 a 4 vezes por dia) e medicações analgésicas.

Como vou me sentir após a rizotomia?

A melhora da dor crônica na coluna é sentida imediatamente após a rizotomia facetária, mas pode ser mais bem observada depois de alguns dias. O alívio da dor tem efeito temporário e pode durar 6 meses ou mais, dependendo dos cuidados tomados pelo paciente para tratar a causa da dor.

É importante relatar ao médico responsável pelo procedimento se houver dor intensa, febre, fraqueza muscular ou sinais de infecção na área tratada para que ele avalie e tome as medidas mais adequadas.

Se a dor retornar após o período mencionado acima, a rizotomia facetária pode ser realizada novamente após uma avaliação criteriosa do especialista em coluna.

O Dr. Flávio Zelada é médico ortopedista especialista em cirurgias da coluna vertebral e possui experiência de mais de 10 anos em tratamentos cirúrgicos e minimamente invasivos. Para saber mais informações, entre em contato com o Dr. Flávio Zelada e agende uma consulta.

Fonte:

Dr. Flávio Zelada

Lee CH, Chung CK, Kim CH. The efficacy of conventional radiofrequency denervation in patients with chronic low back pain originating from the facet joints: a meta-analysis of randomized controlled trials. Spine J. 2017 Nov;17(11):1770-1780. doi: 10.1016/j.spinee.2017.05.006. Epub 2017 May 30. PMID: 28576500.

Oudenhoven RC. The role of laminectomy, facet rhizotomy, and epidural steroids. Spine (Phila Pa 1976). 1979 Mar-Apr;4(2):145-7. doi: 10.1097/00007632-197903000-00009. PMID: 162550.

Leon JF, Ortiz JG, Fonseca EO, Martinez CR, Cuellar GO. Radiofrequency Neurolysis for Lumbar Pain Using a Variation of the Original Technique. Pain Physician. 2016 Mar;19(3):155-61. PMID: 27008289.

Suer M, Wahezi SE, Abd-Elsayed A, Sehgal N. Cervical Facet Joint Pain and Cervicogenic Headache Treated With Radiofrequency Ablation: A Systematic Review. Pain Physician. 2022 May;25(3):251-263. PMID: 35652765.