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Entenda tudo sobre o tumor maligno na coluna

Entenda tudo sobre o tumor maligno na coluna
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Este tipo de lesão afeta a estrutura vertebral e pode comprometer funções neurológicas, exigindo diagnóstico precoce e tratamento especializado

A coluna vertebral é uma estrutura do corpo humano que se responsabiliza por sustentar o tronco, proteger a medula espinhal e permitir a realização de movimentos como flexão, rotação e extensão. Por isso, qualquer alteração nessa região pode impactar diretamente a mobilidade, a sensibilidade e a qualidade de vida da pessoa. Entre essas alterações, há condições que exigem atenção redobrada, tanto pela gravidade quanto pelo potencial de progressão clínica.

Dores persistentes nas costas, fraqueza muscular, alterações na sensibilidade e perda de controle de funções básicas são sinais que, quando presentes, não devem ser ignorados. Em muitos casos, essas manifestações podem estar relacionadas a processos mais sérios, como um tumor maligno de coluna, que exige diagnóstico rápido e tratamento especializado.

O que são tumores malignos na coluna?

Um tumor maligno na coluna é uma formação anormal de células que crescem de forma descontrolada e têm potencial para invadir tecidos vizinhos e se espalhar para outras partes do corpo. Esta alteração pode se originar diretamente na coluna (tumores primários) ou chegar até ela a partir de outros órgãos, por meio de metástases — o que é mais comum.

Os locais que mais frequentemente enviam células cancerígenas para a coluna são pulmões, mama, próstata, rim e tireoide. Um tumor maligno na coluna pode comprometer ossos, discos intervertebrais, medula espinhal ou raízes nervosas, causando sintomas variados e, muitas vezes, progressivos. Por envolver uma estrutura tão sensível e essencial para a função neurológica, este tipo de lesão exige diagnóstico precoce e tratamento rápido.

Tipos de tumor maligno na coluna

O tumor maligno na coluna pode ser classificado em primário — quando se origina diretamente nas estruturas da coluna vertebral — ou secundário, que são as metástases de outros tipos de câncer. Embora os tumores primários sejam mais raros, é importante conhecê-los, pois apresentam comportamentos distintos e exigem abordagens específicas.

Cordomas

Cordomas são tumores raros e de crescimento lento, que se desenvolvem a partir de células remanescentes da notocorda, uma estrutura embrionária. Costumam afetar principalmente a base do crânio e as vértebras sacrais, mas podem surgir em outras regiões da coluna. Apesar do crescimento lento, têm comportamento localmente agressivo, podendo invadir estruturas adjacentes e causar sintomas neurológicos.

Osteossarcomas

Osteossarcomas são tumores ósseos malignos mais comuns em adolescentes e adultos jovens. Essas lesões têm crescimento rápido e tendência à invasão local e à formação de metástases, especialmente nos pulmões. Quando afetam a coluna, podem comprometer a estabilidade óssea e provocar dor intensa e alterações neurológicas.

Mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer que afeta as células plasmáticas, responsáveis pela produção de anticorpos. Essas células malignas se acumulam na medula óssea e podem provocar lesões em diversos ossos, incluindo as vértebras. É uma das causas mais comuns de destruição óssea na coluna e pode se manifestar com dor lombar, fraturas espontâneas e sintomas neurológicos quando há compressão da medula.

Tumores secundários (metastáticos)

As metástases ósseas são, de longe, os tumores malignos mais frequentes na coluna. Elas ocorrem quando células cancerígenas de outros tumores — como de mama, pulmão, próstata, rim ou tireoide — se espalham para as vértebras. Esses tumores costumam causar dor progressiva, piora noturna, além de risco de fraturas e compressão medular. O tratamento depende do tipo de câncer primário e do grau de comprometimento da coluna.

Sinais e sintomas a serem observados

Um tumor maligno na coluna pode se manifestar de forma sutil no início, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico precoce. No entanto, existem alguns sinais de alerta que merecem atenção, especialmente quando persistem ou se intensificam com o tempo. A dor nas costas é o sintoma mais comum, mas, ao contrário das dores musculares habituais, essa dor costuma ser constante, progressiva e pode piorar à noite ou com o repouso.

Além da dor, outros sintomas importantes incluem perda de força ou sensibilidade nos braços ou pernas, alterações na coordenação motora, formigamentos e até paralisia, dependendo da localização e do tamanho do tumor. Em casos mais avançados, pode haver incontinência urinária ou fecal, indicando comprometimento neurológico significativo.

Também é comum que pacientes apresentem fraturas vertebrais espontâneas, especialmente em tumores que enfraquecem o osso, como o mieloma múltiplo ou as metástases ósseas. Outro sinal de alerta é a presença de sintomas sistêmicos, como perda de peso inexplicada, cansaço extremo, febre baixa persistente ou histórico de câncer prévio.

Diagnóstico de tumores na coluna

O diagnóstico de um tumor maligno na coluna vertebral exige uma abordagem cuidadosa e detalhada, já que os sintomas podem se confundir com outras condições mais comuns, como hérnias de disco ou doenças musculoesqueléticas. O primeiro passo é uma avaliação clínica completa, na qual o médico investiga o histórico do paciente e os sintomas apresentados e realiza um exame físico neurológico, buscando sinais como dor localizada, fraqueza muscular, alterações de sensibilidade e reflexos.

A partir dessa avaliação, o especialista pode solicitar exames de imagem, que são fundamentais para identificar alterações na estrutura da coluna. A ressonância magnética é o exame mais sensível e completo para detectar tumores, pois permite visualizar tanto o tecido ósseo quanto as estruturas nervosas e a medula espinhal. A tomografia computadorizada pode ser usada como complemento, especialmente para avaliar danos ósseos ou quando a ressonância não está disponível.

Em alguns casos, também são solicitados exames laboratoriais, como hemograma, marcadores tumorais ou estudos da função da medula óssea — especialmente quando há suspeita de mieloma múltiplo ou metástases. Quando há uma lesão suspeita, a confirmação do diagnóstico do tumor maligno na coluna depende da biópsia, que consiste na coleta de uma amostra do tecido para análise histopatológica.

O diagnóstico correto é essencial para definir o melhor plano de tratamento, que pode envolver uma equipe multidisciplinar com especialistas em ortopedia, neurologia, oncologia e radioterapia. A identificação precoce do tumor aumenta as chances de controle da doença e preservação das funções neurológicas do paciente.

Tratamento para tumores malignos na coluna

O tratamento de um tumor maligno na coluna depende de diversos fatores, como o tipo do tumor, sua localização, extensão, agressividade, presença de metástases e o estado geral de saúde do paciente. Em muitos casos, o manejo exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ortopedia, neurocirurgia, oncologia, radioterapia e fisioterapia.

De forma geral, o objetivo do tratamento é controlar o crescimento do tumor, aliviar a dor, preservar ou recuperar a função neurológica e manter a qualidade de vida. Quando o tumor maligno de coluna é primário e localizado, como no caso de cordomas ou osteossarcomas, a cirurgia pode ser indicada para remoção completa da lesão, especialmente se houver risco de compressão da medula espinhal ou fraturas ósseas. Em casos de tumores agressivos ou com metástases, a cirurgia pode ter caráter paliativo, com o objetivo de descomprimir estruturas nervosas e estabilizar a coluna.

A radioterapia é amplamente utilizada, seja como tratamento principal (quando a cirurgia não é viável), adjuvante (após a cirurgia) ou paliativo, para reduzir o volume do tumor e aliviar sintomas. Tecnologias modernas como a radiocirurgia estereotáxica permitem tratar lesões com alta precisão e causam menor impacto em tecidos saudáveis.

A quimioterapia é mais comum em tumores hematológicos, como o mieloma múltiplo, ou quando o câncer tem origem em outros órgãos e se espalha para a coluna (tumores metastáticos). Além disso, novos tratamentos, como imunoterapia e terapias-alvo, podem ser indicados dependendo do tipo de tumor e das características genéticas da doença.

Para saber mais a respeito do diagnóstico e tratamento de um tumor maligno de coluna, entre em contato e agende uma consulta!

Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde

Manual MSD

Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)