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Quais as causas da espondilolistese?

Quais as causas da espondilolistese?
Imagem: Shutterstock

A espondilolistese pode afetar qualquer região da coluna, podendo causar dor intensa e dificultar atividades cotidianas. Entenda tudo sobre a condição.

A espondilolistese é uma condição na qual uma vértebra desliza sobre outra na coluna vertebral, podendo ocorrer para frente, para trás ou para os lados, dependendo da posição da vértebra afetada. Pessoas que desenvolvem a condição geralmente se queixam de dor, desconforto e limitações funcionais.

Ela pode afetar qualquer uma das três principais regiões da coluna — lombar, torácica ou cervical. Normalmente, as causas da espondilolistese estão ligadas a fatores como envelhecimento, traumas, má-formação e sobrecarga na coluna. No material de hoje, você vai entender cada detalhe dessa condição, além de conferir como é feito seu diagnóstico e tratamento.

Quais são os tipos de espondilolistese?

Existem seis tipos de espondilolistese:

  • Degenerativa: ocorre pelo desgaste natural da coluna com o envelhecimento, mais comum na região lombar.
  • Ístmica: causada por um defeito vertebral, frequentemente por uma fratura ou má-formação, sendo comum em jovens e adolescentes.
  • Traumática: resultante de quedas ou acidentes que causam fraturas ou traumas na coluna.
  • Displásica: ocorre geralmente na região lombar e acontece por má-formação óssea.
  • Iatrogênica: são resultados de complicações em procedimentos cirúrgicos ou manipulações na coluna vertebral.
  • Patológica: causada por doenças ósseas, como tumores, que enfraquecem as vértebras.

Atente-se- aos fatores de risco da espondilolistese!

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Quais são as causas da espondilolistese?

As causas da espondilolistese podem ser várias. Separamos abaixo os principais detalhes sobre todas as mais comuns.

Congênitas

A espondilolistese pode ser resultado de fatores congênitos, ocasionada por anomalias na formação vertebral desde o nascimento. Elas podem causar instabilidade nas articulações, o que eventualmente pode provocar o deslizamento das vértebras e se tornar uma das causas da espondilolistese.

Fraturas por estresse

Fraturas por estresse também entram na lista das causas da espondilolistese, especialmente em atletas. O desgaste repetitivo e a sobrecarga nas vértebras podem causar fraturas no istmo vertebral, ocasionando no deslizamento com o tempo.

Desgaste natural da coluna

O desgaste natural da coluna é outra das causas da espondilolistese, sendo resultado natural do envelhecimento. A degeneração dos discos intervertebrais e articulações pode enfraquecer a estrutura da coluna, facilitando o deslocamento das vértebras.

Traumas e infecções

Traumas e infecções também são causas da espondilolistese. Acidentes e infecções podem danificar a coluna, causando fraturas ou inflamações que, em alguns casos, podem ter como uma das complicações decorrentes o deslizamento vertebral.

Atividades físicas repetitivas

A repetição de atividades físicas é uma das principais causas da espondilolistese, especialmente aquelas que envolvem hiperextensão ou sobrecarga constante da coluna. Essas atividades podem causar fraturas por estresse e, consequentemente, também resultar na condição.

Intercorrências em cirurgias

Intercorrências em cirurgias também podem ser uma das causas da espondilolistese. Complicações durante procedimentos que envolvem a coluna podem danificar as estruturas vertebrais, afetando a estabilidade da coluna e ocasionando o deslizamento das vértebras.

Doenças ósseas ou tumores

Por fim, doenças ósseas ou tumores são causas da espondilolistese porque enfraquecem a estrutura óssea, e como você já deve ter imaginado, esse enfraquecimento também pode ter como resultado, a médio ou longo prazo, o deslocamento das vértebras.

Principais sintomas da espondilolistese

Além de conhecer as causas da espondilolistese, é importante compreender os sintomas; os mais comuns decorrentes da condição são:

  • Dor lombar: essa dor localizada pode piorar com atividades físicas.
  • Dor irradiada: começa na coluna e se propaga para os membros inferiores, muitas vezes causada pela compressão dos nervos.
  • Rigidez nas costas: dificuldade em movimentar a coluna.
  • Dor ao ficar em pé: o sintoma pode piorar se o paciente ficar em pé por muito tempo.
  • Dor nas pernas: causada pela irritação ou compressão dos nervos.
  • Dormência ou formigamento: atingindo a região das nádegas ou das pernas.
  • Fraqueza muscular: principalmente nos músculos das pernas.
  • Dificuldade para caminhar: devido à dor, à fraqueza muscular ou ambos.
  • Espasmos musculares: acontecem na região lombar e nas pernas.

A espondilolistese é grave?

Em alguns casos, sim. Porém, os fatores que determinam isso são as causas da espondilolistese, a severidade do deslizamento vertebral e seus sintomas. Isso é classificado em graus, de acordo com a escala de Meyerding. O primeiro grau compreende deslizamentos de até 25%, o segundo de 25% até 50%, o terceiro de 50% até 75% e o quarto vai de 75% até o deslizamento completo.

É importante que você consulte seu médico assim que aparecer qualquer um dos sintomas, já que essa é uma condição que, quando não tratada, pode se agravar e resultar em complicações ainda maiores.

Quais são as possíveis complicações da espondilolistese?

Uma das principais é a compressão dos nervos, como o nervo ciático, o que provoca dor intensa irradiada da lombar para as pernas, além de dormência, formigamento e até perda de função motora. Em alguns casos, também pode se formar um calo ósseo — conhecido como bico de papagaio —, o que agrava a dor e a rigidez da coluna.

Nos quadros mais severos, a espondilolistese pode evoluir a ponto de prejudicar seriamente a locomoção do paciente, podendo até levar à incapacidade temporária ou permanente de andar, principalmente em casos de compressão nervosa muito alta.

Diagnóstico e tratamento da espondilolistese

O diagnóstico acontece a partir da combinação do histórico clínico do paciente e de exames de imagem. O médico pode solicitar raios-x para identificar o desalinhamento das vértebras (com os raios-x dinâmicos é possível analisar o movimento entre as vértebras). Em alguns casos, a tomografia e a ressonância magnética também podem ser usadas para avaliar estruturas não ósseas e ter uma visão mais detalhada das lesões.

O tratamento varia conforme a gravidade da condição. Geralmente, começa com abordagens conservadoras, como remédios para dor e fisioterapia para fortalecer os músculos e melhorar a flexibilidade. Procedimentos minimamente invasivos, como a videoendoscopia, podem ser usados para descomprimir nervos afetados. Já nos casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária para a estabilização completa das vértebras.

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Fonte:

Manual MSD