Tumor benigno de coluna é um crescimento anormal, não cancerígeno, que pode surgir em ossos, nervos ou tecidos da coluna vertebral
A coluna vertebral é uma das estruturas mais importantes do corpo humano, sendo responsável por sustentar o tronco, permitir movimentos e proteger a medula espinhal. Por essa razão, qualquer alteração que afete essa região pode causar preocupação e impacto significativo na qualidade de vida, mesmo quando não se trata de uma condição grave.
Por mais que o termo “tumor” cause apreensão, é importante entender que nem toda lesão desse tipo tem comportamento agressivo — e que o diagnóstico adequado é o primeiro passo para um tratamento eficaz e seguro. Entenda mais sobre o tumor benigno de coluna a seguir.
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Índice
O que são tumores benignos da coluna?
Um tumor benigno da coluna é um crescimento anormal de células que se desenvolvem nas estruturas vertebrais, mas que não apresentam comportamento cancerígeno. Isso significa que essas células tumorais não se espalham para outras partes do corpo e, geralmente, têm um crescimento mais lento e controlado.
Mesmo sendo considerados não malignos, esses tumores podem causar sintomas importantes, dependendo do seu tamanho, de sua localização e da compressão que exercem sobre nervos ou a medula espinhal. O tumor maligno da coluna pode surgir em diferentes partes da coluna — como nas vértebras, discos ou tecidos moles ao redor — e se manifestar de maneiras variadas.
Tipos mais comuns de tumores benignos da coluna
Existem diversos tipos de tumores benignos que podem afetar a coluna vertebral. Cada um deles tem características específicas, comportamento clínico diferente e formas distintas de tratamento. Conheça os principais a seguir:
Osteoma osteoide
O osteoma osteoide é um tumor ósseo benigno pequeno, sendo geralmente menor que 1,5 cm. Ele costuma afetar adolescentes e adultos jovens, com maior incidência no sexo masculino. Na coluna, pode causar dor localizada, especialmente à noite, e que melhora com o uso de anti-inflamatórios. Apesar de seu crescimento lento, pode provocar desconforto significativo.
Osteoblastoma
Mais raro, o osteoblastoma é um tumor benigno que afeta com mais frequência adolescentes e jovens adultos. Na coluna, ele costuma surgir nas vértebras posteriores e pode causar dor persistente, rigidez e até sintomas neurológicos, se houver compressão de estruturas nervosas. Em geral, apresenta crescimento mais agressivo que outros tumores benignos.
Cisto ósseo aneurismático
O cisto ósseo aneurismático é uma lesão expansiva cheia de líquido sanguinolento, que pode causar dor, aumento de volume local e, em alguns casos, deformidade na coluna. É mais comum em crianças e adolescentes. Embora seja benigno, pode crescer rapidamente e comprometer a estabilidade óssea.
Hemangioma
O hemangioma é o tipo mais comum de tumor benigno da coluna e geralmente é assintomático. Trata-se de uma proliferação de vasos sanguíneos nas vértebras, muitas vezes identificada incidentalmente em exames de imagem. Em raros casos, quando é volumoso ou agressivo, pode causar dor, fraturas ou sintomas neurológicos.
Tumor de células gigantes
Embora seja classificado como benigno, o tumor de células gigantes tem comportamento localmente agressivo e pode causar destruição óssea importante. É mais frequente em adultos jovens e costuma afetar a coluna sacral.
Granuloma eosinofílico
O granuloma eosinofílico é uma forma localizada da histiocitose de células de Langerhans, uma condição rara que pode afetar os ossos da coluna, especialmente em crianças e adolescentes. Costuma causar dor e, eventualmente, colapso vertebral. Apesar disso, muitas lesões podem regredir espontaneamente ou com tratamento conservador.
Sintomas e diagnóstico de tumores benignos na coluna
Os tumores benignos na coluna podem se manifestar de formas variadas, dependendo do tipo da lesão, da sua localização e do tamanho. Em muitos casos, a alteração é assintomática e acaba sendo descoberta acidentalmente em exames de imagem realizados por outros motivos. No entanto, quando causam sintomas, a queixa mais comum é dor na região afetada, que pode ser constante ou piorar com o esforço físico.
Além da dor, outros sinais podem surgir, especialmente quando o tumor exerce pressão sobre estruturas nervosas. São eles:
- Formigamento;
- Fraqueza muscular;
- Alteração da sensibilidade;
- Dificuldade para caminhar, em casos mais graves;
- Perda de controle dos esfíncteres, também em casos avançados.
O diagnóstico de um tumor benigno da coluna começa com a avaliação clínica, em que o médico investiga o histórico dos sintomas, realiza exame físico e identifica possíveis sinais neurológicos. A partir daí, são solicitados exames de imagem como radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia, especialmente quando os exames de imagem não conseguem confirmar com segurança o diagnóstico. Esse procedimento é feito com anestesia e guiado por imagem, permitindo a coleta de uma amostra do tecido para análise laboratorial. O objetivo é diferenciar o tumor benigno da coluna de outras lesões mais agressivas, garantindo que o tratamento seja o mais adequado possível.
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Tratamento para tumores benignos da coluna
O tratamento de um tumor benigno da coluna varia de acordo com o tipo e a localização do tumor, bem como seu tamanho e o impacto que ele exerce sobre estruturas nervosas ou ósseas. Em casos assintomáticos e com crescimento lento, o acompanhamento clínico com exames de imagem periódicos pode ser suficiente.
Por outro lado, quando há dor persistente, compressão da medula espinhal ou das raízes nervosas, risco de fratura vertebral ou crescimento progressivo da lesão, é necessário intervir. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos para controle da dor e inflamação e, em alguns casos, a radioterapia — especialmente quando a cirurgia não é viável ou o tumor não pode ser completamente removido.
A cirurgia é indicada nos casos em que o tumor benigno da coluna causa comprometimento neurológico, deformidade estrutural ou quando houve falha nos tratamentos conservadores. O objetivo da intervenção é remover o tumor com máxima segurança, preservando a função neurológica e, quando necessário, estabilizando a coluna com técnicas de instrumentação.
Considerando a consulta a um especialista?
Buscar a avaliação de um ortopedista especialista em coluna é fundamental quando há sintomas persistentes ou dúvidas sobre o diagnóstico. Esse profissional tem o conhecimento e a experiência necessários para realizar uma avaliação detalhada, interpretar exames de imagem com precisão e identificar sinais que podem indicar a necessidade de um tratamento específico.
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Fontes: